Textos de Associados

Nesta página reunimos textos de nossos associados e autores jovens e iniciantes.
 Inauguramos o mesmo com o poema de Júlia Dalcin (aqui as últimas postagens são as de cima):

17. De Maria Santos Rigo:


16.  Do nosso colega Olinto Silveira de Vargas:

Eu encontrei Prima Vera

Em plena estação pós-sono

Sem véu, coroa nem trono,
Conforme a sorte quisera!

Eu conheci Prenda Vera
Numa tarde não de abril;
Com a minha alma febril
E o coração em tapera!

Ao ver a Prima Verinha,
tão graciosa que vinha,
me mudei de Estação!

Agora tudo são flores...
Nós somos sonhadores:
Tu, Verinha e eu, verão!  

        Sapucaia do Sul, O2 / 12 /2008
    


                                                                                                           
15. Da associada Adria Daniel


20 de outubro - Dia do Poeta

Ser Poeta

É palavras escrever
que revelam o que sente
no momento do impulso
oriundo à percepção

sendo esta
sentimentos
imagens
curiosidades
palavras tratam
um assunto
e põe registro
enigmático
pictórico
categórico
e retrata o escrevente

então
o poeta é aquele
que percebe diferente
e escreve o que percebe

tendo à mão onde escrever
seja este anteparo
pedra - areia - papel
tecido - couro  ou
imagem virtual.


 Adria Daniel,     A  D

14. Da associada Nélsinês:

13. Da associada Helena da Rosa:


12. Do associado Moacyr Ayres de Siqueira 
                            recorte dos Cadernos Canoenses.
(clique na imagem para ampliar)



11.De nossa associada Adria Daniel , recebido por e-mail em 21/03/2016, o Dia Internacional da Poesia.


Ao Dia da Poesia comemorado internacionalmente
tenhamos todos uma lembrança da palavra escrita
esta registra o ensejo de viver-se
em comunicação
de pensamentos em atenção
ao que nos toca e alimenta
de ensinamentos
o dia a dia e este
poder contar que viver
é uma poesia ilustrada
e muitas vezes não há rimas
para reportar o que se sente.

Mas se sente e que seja hoje
um dia dedicado em tempo à poesia!!!


10. De nosso associado Olinto.
 Da coluna de jornal de Sapucaia


9. CSSGAPA 50 ANOS
Moacyr Ayres da Siqueira

"CSSGAPA 50 ANOS", de Moacyr Ayres da Siqueira,
obteve o 2° lugar na categoria poesia no
I SALÃO DE ARTES - Semana Cultural do CSSGAPA,
ocorrido entre 16 a 20 de abril de 2007.


Cinqüenta anos marcantes, na verdade!
Foste sonhos sonhados com igualdade
Por amigos com os mesmos ideais...
E os sonhos desta gente eram tão iguais
Que passaram de sonhos à realidade!...
Plantaram no chão desta cidade
Em dois de fevereiro, (mês do carnaval)
De mil novecentos e cinqüenta e sete...
Esta semente que cresceu e que promete
Seguir o pensamento original;
Agregar, divertir
No mais perfeito clima fraternal!

Nem mesmo o passar do tempo alterou,
Esta tua majestosa trajetória...
Tua existência é a grande glória;
É o âmago grandioso desta história
Que escreveste e muito te marcou!
Confesso que não te esquecerei jamais,
Por fazer parte dos muitos casais
Que esta casa acolheu e embalou!...
Ironicamente, o destino me mandou
Que falasse sobre teu aniversário...
Neste ano do teu cinqüentenário!

É certo que alguns dos fundadores;
Idéias sábias de grandes mentores
Que Deus não quis
Sua permanência entre nós;
Ande lá, na dimensão em que andar,
Este grupo , certamente, há de vibrar
Cantando parabéns, embora sem voz!...
Envoltos na grandeza que hoje tens;
Agradecendo aos fiéis ilustres condutores,
Que embora nem tudo fossem flores,
Te conduziram de maneira tão brilhante!
Parabéns, parabéns...aniversariante!!! 

8.  FESTEJO DOS DEUSES
Ancila Dani Martins
Zeus rege a orquestra dos mortais;
determina o “ser” e o “fazer”,
observa eqüidade e nepotismo,
liberdade e escravidão.

Dionísio diz:
“Vejo homens longe de sua terra,
gente, relações...”
Servir à Pátria não significa viver na solidão,
no isolamento.

Então Baco ordena:
“Cultive-se aqui uma Vinha
para alegria deste Povo”

Canoas, ainda pacata,
bucólica, quase inerte - despertou!

Em 2 de fevereiro de 1957,
surge o CSSGAPA,
órgão do Quinto Comando Aéreo.
Começam sinfonias, sintonias...

Apolo garante calor, harmonia,
presentes de sua melodia.
Éolo propicia brisa às noites quentes.
Vênus, protetora da elegância, provê beleza,
dignidade e equilíbrio a esta Magna Sociedade.
E Cupido, aproximando mil corações,
permite a continuidade da festa,
o cultivo da Vinha, a dança dos enamorados...

Os sonhos de todos refletem-se na luz das estrelas.

A Vinha da união e da integração cresceu.
O Brasil reconheceu.

O CSSGAPA oportuniza cultura, esporte,
arte e lazer a muitos cidadãos.

Dificuldades, tormentos, tempestades?
Marte que não foi mais à guerra,
pôde tudo serenar.
Solidariedade, nesta sociedade,
mantém-se como “pedra angular”.

50 Anos!
Memoráveis momentos
tornam o passado presente: Saudade...

Hoje, neste templo de Júpiter,
quando a dança dos Deuses reinicia, nesta colina,
todos são aspergidos pelo seu vinho.

Do cálice sorvem-se conquistas, realizações...

E, Cronos conclui:
“Perceber a missão de integrar, expressar a cultura,
desenvolver projetos e oportunizar a diversão
são oportunidades ímpares neste país tão singular”.


7. Da associada  Ana Agne

QUANDO CHEGA A HORA

Lembrar teu sorriso sincero,
Teu olhar,
Tua voz,
O teu jeito,
tanta vida,
tanta emoção.
Lembrar do tempo passado,
teu colo,
meu berço,
teu canto,
teu pranto, 
teu encanto.
Lembrar de tudo que foi,
das brincadeiras,
mil maneiras,
do colorido da infância,
da impertinência da idade,
da tua influência,
da tua essência.
Hoje sou muito de ti,
Hoje sou muito de mim,
Hoje sou muito de nós!
Lembrar de ti, me diverte e faz chorar,
Lembrar que o destino, ora nos tira, ora nos dá
Nos derruba, nos levanta
Neste jogo incessante,
de esconder e de achar.
Ontem, eu era pequeno e você era gigante,
Hoje, eu sou o gigante e você é tão pequena,
Nesta constante inversão que na vida se dá.
Hoje, eu sou eu,
Mas, amanhã serei você,
São os " vai e vem" desta vida,
eternamente a ensinar!
Tenho muito de ti,
tenho muito de mim,
tenho muito de nós!
Somos como sementes a germinar,
Viemos da terra e para ela voltamos,
Deixamos frutos belíssimos,
que vão se multiplicando e enfeitando o caminho,
A Lei da Vida é Clara....
Sou muito de ti, 
tenho muito de mim,
tenho muito de nós!!!!
                        


6.  Do sócio fundador Antônio José Giacomazzi 
(in memoriam)


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5.  Clique na imagem para ampliar:

4. Leia Poemas de Eliane Triska acessando:

3. Cordeona
Fernando Almeida Poeta

Tu, minha velha cordeona,
Suspiras e falas, que nem gente.
Às vezes cantas alegre e faceira,
Outras choras triste e carente.
Alegre, quando anima um fandango,
Daqueles de rancho, lá de fora.
E choras triste numa milonga
Quando a china vai embora.

Quando te conheci cordeona,
Foi no galpão pendurada num esteio,
Não sei quando tu chegaste
Nem mesmo de onde veio.
Mas, logo fui te abraçando
E te trazendo junto ao meu peito.
Não sei lidar com teus botões 
Mas os trato com carinho e respeito.

Respeito por sua existência
Com sua idade centenária,
Vinda de outros continentes
Com uma história legendária. 
Nasceu de uma gaita fole, 
Tu, minha velha cordeona.
Uns te chamam acordeom 
Outros te chamam de sanfona.

Apaixonei-me por ti cordeona,
Hoje tu vives no meu rancho.
Tu afloras meus sentimentos
Quando uma milonga eu desmancho.
Encontrei muitas melodias 
No teu repertório infinito,
Quando te pego de parceira
Meus versos nascem mais bonitos.

No teu embalo cordeona
Quantas histórias foram contadas,
Descrevendo nosso Rio Grande 
Ou chorando as nossas mágoas.
Quantos namoros nasceram
Ao teu choro, velha cordeona,
Num fandango, de madrugada,
Quando a china se apaixona.

Ao redor de um fogo de galpão
No silêncio de uma noite serena
Fazia a cordeona velha chorar
Com saudade de uma morena.
A cordeona, guarda os segredos
De muitos peões apaixonados,
Por uns cambichos proibidos
Que nós deixam enfeitiçados. 

Mas quando floreio uma vaneira
A tristeza se manda ala cria,
O peão dança com uma vassoura
No faz de conta que é uma guria.
O imaginário atua como se fosse real
Com um instinto fandangueiro,
Com pura magia sonora
Dedilhada por um gaiteiro. 

Fico muito triste quando a vejo
Num canto, atirada no abandono,
Sem cuidado, toda em poeirada,
Parecendo que não tem dono.
Mas, sempre será uma relíquia.
É um símbolo do Rio Grande
Pelos rodeios e fandangos
O teu eco sempre se expande. 

Eu acho que cordeona tem alma,
Será que não? Talvez sentimento!
Até mesmo uma grande paixão
Por melodias de outro instrumento
Seu companheiro de serestas?
Com certeza será um violão,
Por que os dois juntos plantaram
Ritmo e cadência neste chão.

Amadrinhada por um pandeiro
Para não perder o compasso,
Entre a poeira e a fumaça
Num rancho com pouco espaço.
Ao te ouvir de muito longe
Eu me agito e me acalento,
Quando escuto tua linda voz
Trazida pelo assovio do vento.

Ah! Se não fosse tu cordeona,
Animar os bailes do meu rincão!
A primeira vez que abracei uma china
Foi pra dançar um vaneirão.
Hoje sinto uma grande saudade
Quando tu te espichas e te encolhe.
Sei que tu carregas a história
Dentro do teu próprio fole.

Fernando Almeida Poeta
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2. JARDIM  DE RECORDAÇÕES 


 Oh, meu recanto de radiosas auroras,
onde às madrugadas eu ficava a escrever, 
conjugando o verbo amar, o verbo ser...
Ali eu vivi as minhas mais fecundas horas!

Meu jardim, cenáculo dos beija-flores...
Do manacá, rosa, lírio e margarida;
nesse refúgio, onde eu mais vivi a vida,
semeando versos para colher amores!

Meu vergel de borboletas coloridas,
onde outrora, passei afeito às minhas lidas,
apanhando ameixas ou colhendo figos!

Oh, meu jardim, meu pomar de passarinhos,
que em revoadas iam abrindo os meus caminhos,
pra eu colher frutos e conquistar amigos!

OLINTO VARGAS   - Sapucaia do Sul, 11 / 06 / 2003.



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1. INVERNO DO SUL
Amanhece o dia com ar gelado
A fumaça saindo da boca ao falar
É o inverno que já vem chegando
E tanta coisa para se aproveitar
A geada branquinha nos campos pela manhã
Vai derretendo aos poucos com o nascer do sol
A vontade de ficar mais um pouquinho na cama
Manter o corpo aquecido envolto no lençol
As mantas pesadas saem dos armários
Casacos, polainas, cachecóis e as luvas
Aquecendo na estação mais elegante
Um pretexto para os encontros em turma
Desfrutar de boa comida e um bom vinho
Da conversa boa ao redor da lareira
Do founde e do chocolate quente
Acompanhado ou mesmo sozinho
Fazem parte desse clima no momento presente
Do chimarrão e do pinhão
Aquecer-se em volta do fogão a lenha
Lagartear aos domingos comendo bergamota
Costumes da cidade grande e da pequena
Passear aos domingos no Parcão
Com seus filhos e bichos de estimação
Inverno do aconchego e da solidariedade
Levando sopa quente aos moradores de rua
Que dormem ao relento pela cidade
Deixados a própria sorte nua e crua
Deixando de lado o preconceito 
Estendendo a mão a quem nada tem
São os anjos anônimos que merecem respeito
E que muitas vezes também não tem ninguém
Ah inverno! Da chuva fazendo barulho no telhado
Dos jantares a luz de velas
Dos encontros dos namorados
Admirar as estrelas debruçados nas janelas
Inverno das botas de couro e das galochas
Dos guarda chuvas coloridos
Do aconchego das nossas casas
Dos ai que frio! E de todos os sentidos
Inverno dos campos de cima da serra
Onde o frio é de arrepiar
Dos dias curtos e sombrios
Traz de volta os corpos juntinhos
Um lindo pretexto para se amar
Num lindo dia azul
Assim é o inverno aqui no SUL
Produzido por Julia Dalcin 26/05/2014 19:26


Um comentário:

  1. Querida escritora Nelsi!

    Que bom que cuidas do blo da Casa do Poeta de Canoas com tanto zelo.

    Parabéns, a todos os poetas que o enfeitaram com belas poesias.

    Muito obrigada, por adicionar meus versinhos na companhia dos demais!

    Feliz aqui!

    Bjs

    Eliane Triska

    www.elianetriska.com

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